Quando recebi o diagnostico do câncer de mama, me veio imediatamente na cabeça a palavra: careca! E a segunda palavra foi : brinco!
Brincadeirinha...
Na verdade, o que eu quero dizer é que muitas vezes, no início do meu tratamento, apelei para a terapia das compras, e mergulhei nas possibilidades de interferir no meu “estilo”. Queria é ficar mais "gata", lógico. Usei deste artifício para me distrair e me divertir com as minhas mudanças visíveis, e cada dia que ficava menos cabeluda arrumava uma maneira de me fazer mais um agrado, seja no visual, no intelectual ou no cultural. Onde desse.
Ia ao médico, comprava 01 brinquinho. Ia fazer exame, um batom. Ia na quimioterapia, 01 lenço, 01 brinquinho. Quando juntava a quimioterapia com o médico, um brinquinho, uma blusinha e um CD. Era uma farra de "débito automático ou crédito?". Quando o bicho pegava, um livro. Ou dois, variava do bicho. A clínica dos meus médicos é em Copacabana, para quem não conhece, uma espécie de Nova Deli da novela das oito, mas com um estilo bem carioca de ser, ou seja, um monte de gente de biquini andando pela rua. E onde se compra desde a calcinha até a dentadura sob medida, isso tudo numa distância que não chega a um quarteirão. Usava deste “artifício” e do meu cartão de crédito do câncer: “ah, estou com câncer, vou me dar de presente este brinco”. “Ah, já que estou com câncer, vou me dar de presente a coleção do Roberto Carlos, anos 60/70”.
É claro que, depois da sexta quimioterapia comecei a sacar que podia até ficar sem cabelo, sem seio, sem sobrancelha, mas, peralá, não podia ficar de maneira nenhuma falida! Comecei a ter mais parcimônia nas comprinhas e me dei conta que este cartão que o câncer te dá, não paga aluguel, nem escola de filho e muito menos o supermercado do mês. Do final da quimio até hoje, já se passaram 04 meses exatos! Meu cabelo começa a crescer, estou na quinta aplicação de radioterapia num total de 25, e a clínica que estou fazendo a radio fica no alto de uma ladeira de uma rua bucólica cheia de passarinhos. Ainda bem. Graças...
Mas acho que foi ótimo ter feito isso por mim naqueles primeiros meses de tratamento, me fez mais feliz , eu recomendo. Pode ser qualquer besteirinha, um adesivo, um chaveiro, uma buginganga qualquer, mas uma coisinha só pra gente.
Mesmo porque num tratamento desse tipo a gente sabe, pensa nisso todo dia, reafirma a cada hora e jamais esquece: “a saúde não tem preço”.
Na verdade, o que eu quero dizer é que muitas vezes, no início do meu tratamento, apelei para a terapia das compras, e mergulhei nas possibilidades de interferir no meu “estilo”. Queria é ficar mais "gata", lógico. Usei deste artifício para me distrair e me divertir com as minhas mudanças visíveis, e cada dia que ficava menos cabeluda arrumava uma maneira de me fazer mais um agrado, seja no visual, no intelectual ou no cultural. Onde desse.
Ia ao médico, comprava 01 brinquinho. Ia fazer exame, um batom. Ia na quimioterapia, 01 lenço, 01 brinquinho. Quando juntava a quimioterapia com o médico, um brinquinho, uma blusinha e um CD. Era uma farra de "débito automático ou crédito?". Quando o bicho pegava, um livro. Ou dois, variava do bicho. A clínica dos meus médicos é em Copacabana, para quem não conhece, uma espécie de Nova Deli da novela das oito, mas com um estilo bem carioca de ser, ou seja, um monte de gente de biquini andando pela rua. E onde se compra desde a calcinha até a dentadura sob medida, isso tudo numa distância que não chega a um quarteirão. Usava deste “artifício” e do meu cartão de crédito do câncer: “ah, estou com câncer, vou me dar de presente este brinco”. “Ah, já que estou com câncer, vou me dar de presente a coleção do Roberto Carlos, anos 60/70”.
É claro que, depois da sexta quimioterapia comecei a sacar que podia até ficar sem cabelo, sem seio, sem sobrancelha, mas, peralá, não podia ficar de maneira nenhuma falida! Comecei a ter mais parcimônia nas comprinhas e me dei conta que este cartão que o câncer te dá, não paga aluguel, nem escola de filho e muito menos o supermercado do mês. Do final da quimio até hoje, já se passaram 04 meses exatos! Meu cabelo começa a crescer, estou na quinta aplicação de radioterapia num total de 25, e a clínica que estou fazendo a radio fica no alto de uma ladeira de uma rua bucólica cheia de passarinhos. Ainda bem. Graças...
Mas acho que foi ótimo ter feito isso por mim naqueles primeiros meses de tratamento, me fez mais feliz , eu recomendo. Pode ser qualquer besteirinha, um adesivo, um chaveiro, uma buginganga qualquer, mas uma coisinha só pra gente.
Mesmo porque num tratamento desse tipo a gente sabe, pensa nisso todo dia, reafirma a cada hora e jamais esquece: “a saúde não tem preço”.