Ok. Estou viva
Ok. Bem viva.
Ok. Estou mais viva que nunca.
Ok. Que bom que acabou esta etapa e o câncer se foi.
E só dói quando eu rio.
Pois então, operei dia 15 de janeiro e dia 17 já estava em casa, recebendo o carinho dos amigos e enfrentando a curiosidade “quase mórbida” natural dos porteiros e alguns vizinhos – “nossa, uma mulher que tirou o seio, deve estar sofrendo horrores!”...Ué, mas você já está de pé?”.... “Já vai trabalhar”?
É incrível como o que o seio representa no “conjunto da obra” de uma mulher. No caso de um seio mastectomizado, provoca curiosidade, uma pena velada, solidariedade, cuidado, ternura e por aí vai. Todos os sentimentos simultaneamente.
E sempre esperam de você uma mesma reação: tristeza infinita. Afirmo que a trsteza dura pouco, pelomenos pra mim.
E quando você não sente tudo o que esperam de você? Fazer o quê?
Me preparei bastante para o dia da mastectomia. Terapia, sal grosso, leituras (principalmente as que exaltam o espírito, já que o corpo estaria baleado), conversei com amigas, li sobre experiências parecidas e me senti pronta pro dia D!
Hãm Hãm. Vou te contar: é f...! Qualquer cirurgia é de “doer”.
Não esteticamente, mas fisicamente mesmo! Tive que tirar alguns gânglios e, portanto mexi com a axila... E daí? Tenta pegar na orelha oposta à cirurgia? E o azeite para repor que está na prateleira mais alta d armário? Nooooossa. Parece que fiz uma farra fenomenal na noite anterior, ou um sexo selvagem sado-masô em que eu fiquei pendurada numa espécie de pau de arara! Imaginou? Pois então, é isso.
Dói porque o músculo foi mexido e isso não tem preparação psicológica que dê jeito. É exercício, tempo e analgésico.
E se alguém vier te dar aquele abraço, previna-se ou então será aquele riso amarelo.
Se fiquei triste com o pós-operatório: sim.
Se estou triste: não mais.
Não que eu não esteja mexida, afinal, a dupla sempre me fez muito feliz por todos esses anos, e é incrível a harmonia divina dos 02 juntos. O que fica sozinho, coitado, fica meio desequilibrado.
E no mais, como ouvi um dia de uma adolescente em crise: “a vida não tem tecla esc, então, tem que encarar”.
E imediatamente penso:
1. Vou ter tempo para escolher meu “air bag” novo e pedir “ajuda aos universitários”.
1. Em julho, no meu aniversário, estarei nos trinques!
2. O meu câncer deve estar em algum lixo hospitalar (espero!), por aí e não é reciclável.
3. No carnaval já estarei recuperada.
E falo pra vocês uma vantagem:
É a dieta mais eficiente que eu fiz. Em 04 horas perdi 02 quilos!
E só dói quando eu rio.
Pois então, operei dia 15 de janeiro e dia 17 já estava em casa, recebendo o carinho dos amigos e enfrentando a curiosidade “quase mórbida” natural dos porteiros e alguns vizinhos – “nossa, uma mulher que tirou o seio, deve estar sofrendo horrores!”...Ué, mas você já está de pé?”.... “Já vai trabalhar”?
É incrível como o que o seio representa no “conjunto da obra” de uma mulher. No caso de um seio mastectomizado, provoca curiosidade, uma pena velada, solidariedade, cuidado, ternura e por aí vai. Todos os sentimentos simultaneamente.
E sempre esperam de você uma mesma reação: tristeza infinita. Afirmo que a trsteza dura pouco, pelomenos pra mim.
E quando você não sente tudo o que esperam de você? Fazer o quê?
Me preparei bastante para o dia da mastectomia. Terapia, sal grosso, leituras (principalmente as que exaltam o espírito, já que o corpo estaria baleado), conversei com amigas, li sobre experiências parecidas e me senti pronta pro dia D!
Hãm Hãm. Vou te contar: é f...! Qualquer cirurgia é de “doer”.
Não esteticamente, mas fisicamente mesmo! Tive que tirar alguns gânglios e, portanto mexi com a axila... E daí? Tenta pegar na orelha oposta à cirurgia? E o azeite para repor que está na prateleira mais alta d armário? Nooooossa. Parece que fiz uma farra fenomenal na noite anterior, ou um sexo selvagem sado-masô em que eu fiquei pendurada numa espécie de pau de arara! Imaginou? Pois então, é isso.
Dói porque o músculo foi mexido e isso não tem preparação psicológica que dê jeito. É exercício, tempo e analgésico.
E se alguém vier te dar aquele abraço, previna-se ou então será aquele riso amarelo.
Se fiquei triste com o pós-operatório: sim.
Se estou triste: não mais.
Não que eu não esteja mexida, afinal, a dupla sempre me fez muito feliz por todos esses anos, e é incrível a harmonia divina dos 02 juntos. O que fica sozinho, coitado, fica meio desequilibrado.
E no mais, como ouvi um dia de uma adolescente em crise: “a vida não tem tecla esc, então, tem que encarar”.
E imediatamente penso:
1. Vou ter tempo para escolher meu “air bag” novo e pedir “ajuda aos universitários”.
1. Em julho, no meu aniversário, estarei nos trinques!
2. O meu câncer deve estar em algum lixo hospitalar (espero!), por aí e não é reciclável.
3. No carnaval já estarei recuperada.
E falo pra vocês uma vantagem:
É a dieta mais eficiente que eu fiz. Em 04 horas perdi 02 quilos!