sexta-feira, 26 de junho de 2009

74. AS PANTERAS SÃO ETERNAS...


Hoje o dia foi de lascar!!! Aos 62 anos morre de câncer uma das minhas ídolas de infância, Farrah Fawcett.

Sou uma mulher de 40 e poucos (poucos!) anos e já tive meu dia de querer ser Farrah Fawcett. Me diga agorinha mesmo quem nunca quis??!!!

Aqueles cabelos louros com a beiras viradas para fora com uma escova super bem feita eram uma bofetada na garota aqui que tinha os cabelos ruins, como se referiam aos nossos cachos (hoje gloriosos) há bem pouco tempo. Pois agora, pós quimioterapia, os meus cachos vieram com a corda toda e eu adoro!!

Aquela boca que brilhava com um displicente hoje gloss, antes brilho, meio entreaberta e aparecendo os dentes lindos e alvos que contrastavam com os meus de adolescente, que como toda que se preza, tinha uma relação de amor e ódio com a escova de dente. Bom, sem contar que eu era alvo fácil de dentistas recém formados que cabiam no orçamento dos meus pais.

Aquelas aventuras mirabolantes com aquele figurino impecável e elegante que nunca amarrotava ou sujava e fazia uma diferença danada se comparada com minha aventurinha bem pequenininha pelas ruas do bairro onde morávamos, pelo quintal que continuava num matagal e a companhia da minha bicicleta descascada e herdada de alguém e que chamada Jane. Ir até o bairro vizinho era o máximo de aventura que meus pais permitiam ou que eu tinha coragem de ir. E meus joelhos, sempre ralados, eram uma propaganda ambulante do band-aid, que na minha época era de uma cor da pele sem graça nenhuma. E olha que eu não vivia nem um centésimo de aventura das moças!

Fora aquele colorido todo e a música incrível da abertura do seriado que adentrava as nossas tardes de calor amazonense, que com o seu abrasado estava mais para um “piano ao cair da tarde”, tal a moleza que a gente ficava pós calor.

Pois então, hoje foi um dia de lascar. O câncer venceu Farrah nesta agonia pública, quando ela se despedia de sua beleza e da sua vida tão cheia de graça. Vi o documentário sobre a luta dela contra a doença, um câncer no reto agressivo e fulminante. Vi muitas vezes e pude me despedir dela em particular. Nesses dois últimos anos não havia mais nada a fazer e ela esperou esperneando.

Mas, como uma eterna Pantera, ela lutou até o fim. E como diria o Charlie, através do seu radinho indefectível: “ as panteras são como diamantes, vão durar para sempre". Ou algo assim.

Valeu Farrah, sei lá o que de Pantera você deixou marcada nas memórias da minha infância, mas eu já sei que pra vencer um câncer a gente tem que agarrar na vida como uma leoa, ah tem!

Lá sei vai um pouquinho da minha infância...

> para ver a excelente abertura das "As Panteras", é só clicar abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=SFaVFFIQk38



5 comentários:

Menina Robô disse...

Realmente muito linda,
e os cachos então... =D

Bjokas!

=*

Juca Filho /jucafii disse...

Demais, Clélia. Tem que botar pra frente mesmo. Beijo carinhoso.

Jf

ps: Vou te linkar no meu blog sem palavras. O escrito vou recomeçar breve

Rosario-sp disse...

adeus a pantera, que lutou como uma! BJs.

Paula disse...

isso mesmo....perfeita sua descrição da pantera...me identifiquei totalmente com o seu texto(e olha que eu não morava no amazonas, hein???)
adorei e também senti muito esse perda de um pouco de nós ...beijo muito grande

Mylla Galvão disse...

A Loira era a minha pantera preferida tb!!!
Gostava muito do seriado...
Mas a luta dela também é parecida com a sua...
E como vc mesma disse: "Ela Lutou até o fim!"
Eu gosto de gente lutadora assim...
São as melhores...
Tem selinho no Vidas Linha prá vc!
http://vidaslinha.blogspot.com

Bjo grande!!!