domingo, 30 de novembro de 2008

26. ENCONTRO DE FAMÍLIA OU PROVA DE MARATONA?


Como já falei por aqui, minha família é bem grande. Meus avós paternos contribuíram e muito para o aumento da população brasileira nos últimos anos. Tiveram 09 filhos, cada filho teve a média de 3 filhos e cada filho do filho tem a média de 02. Somando tudo isso aos namorados, maridos e ex maridos, mulheres, ex mulheres e agregados próximos, a família torna-se praticamente um número considerável para a contagem do IBGE. Para se ter uma idéia, quando temos que reunir todos não dá pra ser na casa de alguém, tem que ser ou na sede social do condomínio ou no salão de festas do prédio.
Bom, nos reunimos para organizar o pré-natal, ou seja, para tentar organizar o Natal, que resolvemos este ano passar todos juntos, e não em “departamentos” como tinha sido nos últimos 02 anos. É claro que a reunião foi na sede social do condomínio onde 02 tias moram em Itaipu, Niterói, para caber todo mundo e deixar as crianças mais soltas e assim não nos enlouquecerem. Teria churrasco, cada um levada um complemento e pronto, está feito o programa de domingo.
Eu sou a única da família que mora no Rio capital diga-se Ipanema, Copacabana, arpoador, mangueira, Estácio, tijuca e arredores...Todos da minha família moram em Niterói, diga-se praia de Itaipu e Itacoatiara, Museu Niemayer, Lars Grael, Vale das Moças, Icaraí, e alguns moram parcialmente na ponte Rio X Niterói, principalmente os que moram por lá e trabalham no Rio.
É bom frisar que da minha casa para a sede social do condomínio onde seria a “reunião” de família tem uns sessenta quilômetros.
Como falei, estou tomando aquelas injeções “graneloquines”, que me deixam descadeirada, com um certo mal estar e um cansaço generalizado, parece que passei a noite inteira na farra.
Pois bem, me preparo pra sair de casa. Antes vou tomar a injeção, tomo os meus remédios habituais e a homeopatia que o tio Orlando me passou, arrumo uma bolsa que varia de inverno e verão para não ser pega de surpresa e sigo rumo a Niterói com a Elisa, ouvindo no carro uma rádio de seu gosto, e que eu acho até legal, novidades!
Pois então, gostaria de saber quem é o engenheiro de trânsito de Niterói. PQP, um percurso de 45 e cindo minutos vira 1 hora de 45 minutos. Estava marcado para meio dia e só chego às 14:30. Completamente estressada e mais descadeirada ainda, com metade da minha disposição física diária pós granoloquine gasta no percurso!
Chegando lá, beleza Clélia, saudades, como a Elisa cresceu, e pá e coisa e tal. Delícia.
Começamos a “reunião”para resolver o Natal, que na verdade era uma Assembléia, com a condução dos 02 mais velhos da família, papai e tio Basinho. Uma Assembléia mesmo, com inscrição pra falar e tudo, secretária de mesa, Natália e o tio Basinho presidindo. Vale a pena dizer que foi depois do churrasco e de umas 5 caixas de cerveja, ou seja, todos estavam mais ou menos fora de controle, e me deram um sininho que tentava fazer com que todos não falassem ao mesmo tempo. O sininho, a careca e sem cílios, me dava uma moral danada!
Resolvido o Natal, bufet, local, e tal, as pessoas foram se agrupando naturalmente, e um grupo foi jogar buraco, quase uma tradição na família. Eu inclusive. Q-u-e l-o-u-c-u-ra! Na mesa duas duplas e em torno umas 9 pessoas, que faziam de tudo menos prestar atenção no jogo. Era, você acha que a Lulu deve ir na festa, afinal ela só tem 11 anos? Natália falando da entrevista que fez para o Big Brother, outra falando do show da Banda dos meus primos que ia ser à 1:00 da manhã, e 02 até discutindo a relação! Um bando de doidos!
Fiquei mais estressada ainda! E ainda tinha que voltar pra casa!
O fato é que hoje não mal consegui sair da cama, tão exausta que fiquei.Quando consegui sair ,fui até a livraria da Mariana tomar um café e voltei correndo, achei que ia deixar minha bunda no caminho de tão descadeirada que estava. Descobri que minha família me deixa mais exausta que a quimioterapia, rsrsrsrsrs.
Mas, apesar da loucura (rsrsrsr), me deixa muito, muito feliz mesmo. Foi um carinho só, abraços, chamego, força, e principalmente, em nenhum momento me senti doente. Aliás, tinha gente mais ferrada que eu: um com diabete, outro com hipertensão, outro com torção nas costas e um até com hemorróida! O meu câncer era o que incomodava menos.
Fim de dia, retorno e chuvinha, enfim minha cama. Mas bem feliz, e chorosa com os efeitos das duas garrafas de vinho que tomei com minha prima Lúcia.
E forte para tomar mais 800 granoloquines, afinal com o astral dessa família as coisas podem até me abalar, mas fica difícil derrubar!
Obs1: ainda fatou um número considerável: Babá (que trás 2), deve estar em algum lugar do mundo falando de e defendendo nossos índios, Zeze na América do Sul estudando os nosso índios e o dos outros e comemorando seu aniversário fazendo o que gosta, Cleísa e troupe em Manuaus, onde também está tia Marelisa. Graças a Desus. Mas como são democráticos, acatam a maioria.

Só mais uma observação: meu pai, que foi eleito o presidente da comissão do Natal,até pq é o único que tem moral além de ser o mais velho da família, pede a palavra: vem cá, quando é o Natal mesmo?
Fecha o pano.

2 comentários:

Betina disse...

Bom, cá estou eu na minha nobre condição de "agregada" rs
Primeiro: adorei a foto! Essa família é realmente muito numerosa.
Segundo: Maravilhoso o seu texto e o seu blog. Ainda não conhecia, mas com certeza vou virar uma visitante assídua!
PS: Depois de saber um pouco mais sobre a sua maratona, vi que realmente não dava para ir à feira rsrs
Beijo grande!

graça disse...
Este comentário foi removido pelo autor.